Por Daya Maya Martins Alvim*
Desde que nascemos, somos incitados a reproduzir pensamentos e frases machistas. A mulher e o homem tem seu papel pré definido na sociedade. A mulher não pode, de forma alguma, ultrapassar o limite do bom senso. Dar os primeiros passos na relação? Jamais. Ter liberdade sexual? Piorou. Se mostrar independente e livre? Até que pode, mas tem que saber que "o povo vai falar".
No meu grupo de amigos -creio que no grupo de qualquer outra pessoa- ouvimos, diversas vezes, mulheres insultando as outras por conta da sua liberdade sexual. Termos como "vadia" e "Biscate" são um dos exemplos mais usados para se referir a uma mulher que usa seu corpo como bem entende, seja no modo de vestir, no modo de falar ou até no modo de agir.
Se você é mulher e fala assim das outras, reflita um pouco. Chamar nossas semelhantes de vadias, é dar margem para que os homens nos chamem assim também.
Todos nós já fomos machistas um dia, e, muitas vezes somos sem ao menos perceber. Toda mulher tem o direito de ser quem é, sem ser julgada e condenada por isso.
Querer liberdade é, acima de tudo, querer livre o próximo.
*Daya Maya é estudante universitária do Curso de Direito na Universidade Metodista de Piracicaba
"Amar é partilhar a existência, no exercício de oferecer a vida em serviço..."
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"É necessário saber perder tempo para comprometer-se nas lutas dos povos periféricos e das classes oprimidas. É necessário saber perder tempo em ouvir a voz de tal povo: suas propostas, interpelações, instituições, poetas, acontecimentos... É necessário saber perder tempo, no curto tempo da vida, em descartar os temas secundários, os da moda, superficiais, desnecessários, os que nada têm a ver com a libertação dos oprimidos." - Enrique Dussel
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
REFLEXÕES COTIDIANAS SOBRE O MACHISMO DE CADA DIA
domingo, 8 de setembro de 2013
PASTORAL DO DIA 08/09/2013 - BOLETIM "O MENSAGEIRO" - CATEDRAL METODISTA DE PIRACICABA
TESOUROS EM VASOS DE BARRO
“Temos, porém, esse tesouro em vasos
de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (II Cor. 4:7)
Em nossa
realidade social é comum a valorização da eficiência, da produção, da rapidez,
das relações mediadas (e imediatas), do “fast
food”... Nesta dinâmica “empreendedorista” do tempo cotidiano, somos
inevitavelmente levados a entender o conceito de excelência a partir de nossas
habilidades, da polivalência das funções que podemos desenvolver – em outras
palavras: nosso valor é medido pelo que temos a oferecer à sociedade, e não
pelo que somos.
O versículo
extraído da segunda carta de Paulo aos Corintos nos desafia a entendermos a
excelência (podemos substituir pela palavra “sucesso”) sob outra perspectiva: a
do agir misericordioso de Deus em nós, e o mais importante, apesar de nós. Como
templo e morada do Espírito Santo, apesar de sermos fracos e falhos em nossas
ações e intenções, possuímos o tesouro inefável do poder de Deus que age em nós
e posteriormente por nós, nos capacitando para toda boa obra.
O termo
“excelência” presente no versículo, no original grego é “huperbole”, que significa “lançar algo além”. Aqui, excelência não
tem a ver com a fraqueza do vaso de barro, que somos nós, mas com a magnitude
do tesouro em nós, que é o conhecimento de Deus na pessoa de Cristo pelo poder
do Espírito Santo. É Deus quem nos lança além, nos impulsiona em direção à vida
abundante, nos lança para além dos desafios da vida cotidiana, dos problemas
que se nos apresentam no viver diário, nos lança para além de nossas
limitações, de nós mesmos e consequentemente em direção ao outro, ao próximo...
Romper em fé, como diz um antigo cântico, é a perspectiva cristã para o
sucesso, não nessa lógica consumista e mercadológica do fim, mas como meio para
a promoção da vida e da dignidade humana.
Portanto
irmãos, que sejamos desafiados a romper com nossas frustrações por não nos
adequarmos, por vezes, a essa dinâmica que tenta nos valorar apenas pelo que
temos, mas, cingidos pelo poder de Deus em nós, que vivamos a realidade do
impulsionar divino em todos os momentos e áreas de nossa vida, e cuidarmos para
não relegarmos a nossa dedicação a Deus aos fins de semana; vasos de barro sim,
mas brilhando o resplendor do tesouro de Cristo em nós... Assim:
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos” (II Cor. 4: 8-10).
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