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"É necessário saber perder tempo para comprometer-se nas lutas dos povos periféricos e das classes oprimidas. É necessário saber perder tempo em ouvir a voz de tal povo: suas propostas, interpelações, instituições, poetas, acontecimentos... É necessário saber perder tempo, no curto tempo da vida, em descartar os temas secundários, os da moda, superficiais, desnecessários, os que nada têm a ver com a libertação dos oprimidos." - Enrique Dussel

terça-feira, 16 de julho de 2013

PEDI A DEUS


Eu pedi a Deus força para poder realizar.
Fui feito fraco para poder aprender a obedecer.


Eu pedi a Deus saúde para poder fazer coisas maiores.
Recebi enfermidade para poder fazer coisas melhores.


Eu pedi riquezas para poder ser feliz.
Recebi pobreza para poder ser sábio.


Eu pedi poder para poder ter o louvor dos homens.
Recebi fraqueza para poder sentir a necessidade de Deus.


Eu pedi tudo para poder desfrutar a vida.
Recebi vida para poder desfrutar tudo.


Não obtive nada que pedi, mas tudo o que eu esperava. Quase apesar de mim mesmo, minhas orações não pronunciadas foram respondidas.


Dentre todos os homens, sou o mais ricamente abençoado.




(Carta anônima a Ann Landers)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

PENSAMENTOS DE UM PÁSSARO

POR Saulo Hudson Nery Loiola

Enquanto caminhava nesta tarde de inverno, passei por um prédio observando o último apartamento no alto onde havia três gaiolas penduradas.

Me interessei por essa situação e refleti um pouco...como de costume.
De maneira alguma aqueles pássaros, por mais perto que estivessem do céu, experimentavam a sensação de estarem voando...Assim como nós humanos que nos alimentamos de ilusões e mentiras que nos amparam.
Nos acomodam.

Estar preso perto do céu e voar por ele (sentindo o vento sob as asas), não é a mesma coisa absolutamente.
Engraçado, que por vezes é uma condição que enclausura, mas ao mesmo tempo é fácil, cômoda. Seu único desafio como pássaro enjaulado é se entocar em um ou outro poleiro. Mais triste ainda quando somos pássaros engaiolados pela nossa mesma espécie, convencidos a ficar ali.
Sejamos mais inconformados, livres, desbocados.
Conheçamos cada dia nossas potencialidades (e fragilidades); Aprendamos, tropecemos e perdoemos.

E que para início de conversa, não troquemos a vista encantadora da sacada pela oportunidade de voarmos dela.
Afinal, o vento veio ao mundo dos pássaros para dar-lhes liberdade.


Araçatuba, São Paulo.
Inverno passado.