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"É necessário saber perder tempo para comprometer-se nas lutas dos povos periféricos e das classes oprimidas. É necessário saber perder tempo em ouvir a voz de tal povo: suas propostas, interpelações, instituições, poetas, acontecimentos... É necessário saber perder tempo, no curto tempo da vida, em descartar os temas secundários, os da moda, superficiais, desnecessários, os que nada têm a ver com a libertação dos oprimidos." - Enrique Dussel

sábado, 30 de novembro de 2013

"AMAR" É CAMINHO... "CUIDAR" É CAMINHAR

Por Almir Fabiano Nicolau de Moraes

"Amar" é caminho, "cuidar" é caminhar no amor, compassadamente, continuamente, respirando Esperança e inspirando Deus em fôlego que sustenta o pulsar de um coração pelo Outro... Empoeirando os pés cansados, limpando-os com as próprias lágrimas que caem de seus olhos obnubilados que distorcem a visão, e logo não se tem mais certeza do caminho, nem do caminhar, nem da esperança, nem de Deus e, consequentemente, do outro; perde-te em ti mesmo e, prostrado, a poeria erguida de outros pés apressados culminam na cegueira, ardor resultante do esforço próprio em enxergar o caminho faz-te acostumar com as trevas... logo a escuridão é teu conforto, e a luz da vida é teu incômodo!
Pobre caminhante, cego de si mesmo, do outro e de Deus, vítima atropelada por "amantes" do caminho que, no esforço de manterem-se no caminho, perderam-se no caminhar, no cuidar, cuja pressa resulta em poeira ofuscante de outros caminhantes cansados... Pobre caminhante, que é o "caminho" sem o "caminhar"? E que é o "caminhar" sem o "caminhante"? Caminhantes do Amor, saibam que o caminho que trilham é caminho de dor e lágrimas, e o sorriso não virá das pegadas deixadas em terra molhada pelas lágrimas, mas sim da quietude de quem não tem pressa, se demora no caminhar, compassadamente e continuamente, respirando e inspirando, mantendo o pulsar do coração pelo outro; no mo(vi)mento do amar, do amar que se demora, há lágrimas suficientes para limpar os olhos doridos e ofuscados de poeiras levantadas por peregrinos que nem sabem onde tal caminho os levará!

A CU(ltu)RA DO TEMPO

Por Almir Fabiano Nicolau de Moraes



Não é o tempo que cura as feridas. O "tempo" é inexistente, além de uma construção histórica que apreendemos por "temporalidade", é uma faculdade presente no entendimento humano. Além do que, não podemos substanciar o "tempo", ele é um signo, uma representação observável fenomenicamente apenas a partir do referencial que nós criamos, ou seja, ele é experenciavel e não abstraivel. O tempo é a inscrição sígnica de nossa condição concreta de mundialidade no próprio movimento dessa condição perceptível por nossa consciência de "ser-no-mundo".
O tempo não cura nada. Esquecer não cura... Nossas feridas são superadas não em um signo o qual atribuímos caráter de substância, muito menos em qualquer relação antropomórfica relacionada a eventos fenomênicos de nosso cotidiano, mas sim no próprio exercício efetivo e concreto de "pôr-se no mundo", e oriundo da consciência de si gerada pela percepção do movimento dialético dessa condição de "ser-no-mundo". A dor emocional é uma modalidade de percepção de si no mundo, portanto, uma modalidade de ser. É necessário substituir referências estruturais de nossa percepção do (e no) mundo, substituir paradigmas, superar realidades experenciaveis na própria condição abstraivel de "estar-no-mundo"... Em outras palavras, o tempo é uma construção sígnica de nossa consciência em relação ao movimento próprio do "ser-no-mundo"; É uma construção que não muda a realidade da dor; essa só poderá ser resolvida e superada no próprio exercício de "pôr-se no mundo", ou seja, construindo a própria forma de ser no mundo... e o amor é um modo de ser (no mundo) que assume a dor, não para anulá-la, mas para (res)significá-la no movimento de si em busca de curar a dor do outro.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

DEIXE-ME



Deixe-me...
Porque o céu não nos permitiu
Porque o amor vai machucar seu lindo coração
Irá torná-lo doente...

Temos poucas coisas em comum, certo?
E o caminho que você e eu podemos andar juntos
Parece ser muito curto.

Você não pode manter as palavras de amor mais.
Você pode abrir as asas azuis  e voar bem alto.
EU ESTAREI DE PÉ, ONDE POSSA CHEGAR A VER SEUS OLHOS...

Deixe-me... deixe-me... por favor, deixe-me!
Deixe-me... deixe-me... está tudo bem.

Deixe-me...
Porque as pessoas vão tentar nos parar.
Porque o amor está contra tudo que está ao nosso redor.

Temos poucas coisas em comum, certo?
E o caminho que você e eu podemos andar juntos
Parece ser muito curto.

Agora eu deveria deixá-la ir por amor, não deveria?
Voe para um lugar maior,
EU ESTAREI DE PÉ ONDE A RESPIRAÇÃO SE ATRASA...

Eu estarei de pé onde eu possa chegar a ver seus olhos
Deixe-me... deixe-me... por favor, deixe-me!
Você pode abrir as asas azuis e voar bem alto.
EU ESTAREI DE PÉ ONDE A RESPIRAÇÃO SE ATRASA...

Eu estarei de pé onde eu possa chegar a ver seus olhos
Deixe-me... deixe-me... está tudo bem!
Deixe-me... deixe-me... eu te amo!

(Loveholic)