Enquanto caminhava nesta tarde de inverno, passei por um
prédio observando o último apartamento no alto onde havia três gaiolas
penduradas.
Me interessei por essa situação e refleti um pouco...como de
costume.
De maneira alguma aqueles pássaros, por mais perto que
estivessem do céu, experimentavam a sensação de estarem voando...Assim como nós
humanos que nos alimentamos de ilusões e mentiras que nos amparam.
Nos
acomodam.
Estar preso perto do céu e voar por ele (sentindo o vento sob
as asas), não é a mesma coisa absolutamente.
Engraçado, que por vezes é uma condição que enclausura, mas
ao mesmo tempo é fácil, cômoda. Seu único desafio como pássaro enjaulado é se
entocar em um ou outro poleiro. Mais triste ainda quando somos pássaros
engaiolados pela nossa mesma espécie, convencidos a ficar ali.
Sejamos mais inconformados, livres, desbocados.
Conheçamos cada dia nossas potencialidades (e fragilidades); Aprendamos, tropecemos e perdoemos.
E que para início de conversa, não troquemos a vista
encantadora da sacada pela oportunidade de voarmos dela.
Afinal, o vento veio ao mundo dos pássaros para dar-lhes
liberdade.
Araçatuba, São Paulo.
Inverno passado.
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