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"É necessário saber perder tempo para comprometer-se nas lutas dos povos periféricos e das classes oprimidas. É necessário saber perder tempo em ouvir a voz de tal povo: suas propostas, interpelações, instituições, poetas, acontecimentos... É necessário saber perder tempo, no curto tempo da vida, em descartar os temas secundários, os da moda, superficiais, desnecessários, os que nada têm a ver com a libertação dos oprimidos." - Enrique Dussel

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

AMO-TE

Por Almir Fabiano Nicolau de Moraes

Amo-te no silêncio.
Amo-te nos ecos que a música de teu corpo repercute em minh’alma desnuda
Amo-te no silêncio, porque tua beleza ensurdece os barulhos de meu coração agitado
Amo-te nos ocos ecos de meus (tra)avessos (re)versos retinentes, reticentes...

Quando meus olhos choravam a dor,
não puderam perceber que eras a razão
Do levantar das minhas mãos
a enxugá-los... e assim, desesperados, retornarem a vê-la, colírio e bálsamo!

Amiga! Roubaste-me o coração num duro golpe de “ser quem és”
Perdido estava de mim, procurando-me em outra, sem perceber que encontrava-me em ti
És a confluência de mim, onde minha Piracema segue rompendo para desaguar em teus olhos... e descansar em teus lábios!

Amo-te, não na ausência dos motivos, mas na desnecessidade dos porquês!
Linda, simplesmente aconteceste-me...
E não sei se quero me achar em ti, ou perder-me simplesmente nos labirintos que provocas em mim.
Entrementes, que os fios de Ariadne levem-me direto ao teu coração, onde posso me aconchegar sendo quem sou...

Amo-te, e não posso negar!
Amo-te, e não quero escusar!
Amo-te na beleza do ouvir, não na sutileza do falar
Amo-te no silêncio (e sabes!), como no silêncio desabrocha a flor

Porque a flor não demanda pretextos, simplesmente “acontece”... e desabrochas no  jardim do meu amar.


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