INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo
realizar uma abordagem que podemos considerar como “panorâmica” sobre algumas
questões pertinentes à cibercultura,
que nos propiciará um exercício de reflexão filosófica sobre o universo das
relações interpessoais no ambiente virtual, dos sites de relacionamento, das redes sociais e dos simuladores de
vida, dentre outros fenômenos emergentes no bojo do que se convencionou
denominar (com fins latentemente mercadológicos) “internet 2.0”.
Pretendemos, embasados em três
autores distintos, realizar um percurso preliminar que vai do conceito de
cibernética (Helmar G. Frank), passando por uma análise crítica da cultura
digital (Lúcia Santaella), que por sua vez culminará em uma série de
considerações e inferências sobre temas e conceitos pertinentes à cibercultura
(Pierre Levy), dentre os quais estão o conceito de “ciberespaço”, a definição do conceito de “virtualidade” e a adequação ou não do termo “multimídia” para referir-se a uma rede digital integrada.
I
– O CONCEITO DE CIBERNÉTICA
Segundo o dicionário Aurélio,
cibernética é a ciência que estuda as comunicações e o sistema de controle nos
organismos vivos e também nas máquinas.
Helmar G. Frank em seu livro
“Cibernética e Filosofia” considera o conceito de cibernética amplo, pois
distingue-se entre as concepções de especialistas, heuristas e ideólogos
(FRANK, 1970. pp. 20). Cabe-nos, por ora, transcrever aqui algumas citações de diferentes
autores, que Frank menciona em seu livro:
Citando Schmidt,
“A cibernética é a construção de
sistemas técnicos tendo como alvo objetivar no mundo físico nossa relação
básica psico-física para com a natureza” (Apud: FRANK: 1970. pp. 22).
Para Norbert Wiener,
“todo o reino da teoria do comando
e da transmissão de informações, quer seja em máquinas ou em seres vivos, pode
ser denominada de cibernetics, termo
formado da palavra grega kybernytys,
timoneiro” (Ibdem).
O problema na definição de Wiener se
dá no fato de não estar claramente estabelecido o que pode ser constituinte da
cibernética, se apenas os teoremas referentes à “forma de aparência orgânica”,
ou somente os teoremas referentes à “técnica de máquinas de controle e
processamento de dados”, ou somente o que for referente a ambos os campos.
Sendo assim, Wiener explicou posteriormente que a cibernética como ele a
entende
“não se ocupa nem primordialmente
de organismos nem primordialmente de produtos técnicos, e sim daquilo que é
comum a ambos. Isso corresponde à sua declaração [...] de que a problemática
chamada [...] de ‘cibernética’ seria ‘centralizada não na eletrotécnica, mas no
conceito muito mais fundamental da informação, quer ela fosse transmitida por
meios elétricos, mecânicos ou nervosos’ “ (Ibdem, pp.21).
Se, por um lado, o conceito de
cibernética (conforme dito anteriormente) pode ser considerado um conceito
amplo, o autor propõe que se compartilhe da dedução de Bolzano (1849), que se
utiliza do emprego lingüístico usual para se delimitar com maior clareza um
conceito (Apud: FRANK: 1970 p. 23).
Assim, Frank cita Ducrocq (1959), que
busca a origem da palavra “cibernética” o mais tardar no século VI antes de
nossa era:
“[...] desde o século sexto antes
do nascimento de Cristo ele (Teseu) foi venerado num culto particular. Todo ano
festejava-se a lembrança da viagem de Teseu a Creta com bastante festas que se
estendiam do sexto ao décimo-segundo pianepsião (outubro). Encontraram seu
apogeu nos ‘cibernésios’, festas que glorificavam a arte da pilotagem e que
eram comemoradas na noite do sexto dia; segundo a lenda, essas festas foram
instituídas pelo próprio Teseu em homenagem aos dois pilotos do mar, Nausithoos
e Faiax, que o conduziram a Creta e aos quais ele teria até erigido um
santuário” (Ibdem).
Ducrocq defende que a palavra grega kybernítis foi de antemão empregada mais
ou menos no sentido de “timoneiro”,
mas que após um tempo, a palavra correspondeu a uma “divisão de trabalho mais
minuciosa [que] pôde ser comprovada numa nova acepção, mais ou menos no sentido
de ‘piloto do mar’ “ (Op. Cit. pp.
23).
“Em tempos mais antigos, o próprio
piloto certamente manejava o leme, mas rapidamente surgiu a diferenciação de
tarefas: no século II de nossa era foi usada por Plutarco a expressão ‘kybernetes’ para o condutor dos
timoneiros; aqui portanto o piloto aparece como intermediário entre capitão e
timoneiro” (DUCROCQ: 1959, p.5 Apud: FRANK, 1970 p.24).
Frank prossegue mencionando Guilbaud
(1954), que salienta que a palavra “kybernytys” é um “mecanismo de
retroação” de “governador”, palavra que etimologicamente provém do francês “gouverneur”,
que por sua vez reporta-se ao latim “gubernator”, segundo ele um
elenismo, cuja origem é então “kybernytys”. (FRANK: 1970 p. 24).
Para Heyde (1965) porém, o ponto central
da cibernética (que lhe determina o nome e a orientação) é a problemática da
objetivação de “um complexo geral de
funções, que é ilustrado com o exemplo das funções do timoneiro e do piloto”
( Apud: FRANK: 1970, p. 24-25). Esta
“problemática da objetivação” pode ser entendida no sentido estrito que atribuiu
Schimidt, como “realização de uma função por uma máquina (objetivação técnica
da máquina)”, ou num sentido mais geral como “realização dessa função pelos
respectivos servoanimais (objetivação biotécnica), ou ainda pelo “trabalho
conjunto organizado de homens especializados (objetivação sóciotécnica)”. Em
ambos os casos, a tarefa “técnica” exigida é a de produzir, para uma função definida abstratamente, um sistema que a
realizasse. No caso da cibernética, além dos três ramos da técnica
supracitados, abrange também as disciplinas científicas correspondentes.
(Ibdem).
Helmar Frank estabelece uma análise do
trabalho de um homem que viaja só, num barco a remos para demonstrar a classe
de funções que importa à cibernética:
1. Estabelece
um alvo para si mesmo. Com isso preenche a (generalizada) função de capitão.
2. Observa
a direção da viagem e seus desvios do rumo ideal e decide as modificações da
rota que os corrigirão. Com isso preenche a (generalizada) função de piloto.
3. Desempenha
as modificações de correção decididas. Com isso preenche a (generalizada)
função de timoneiro.
4. Produz
o trabalho físico necessário para atingir o alvo. Com isso preenche a
(generalizada) função de remador. (Ibdem. p.25).
Na proporção em que o trabalho do
remador altera o que o piloto observa, fecha-se no piloto um esquema em círculo
passando por timoneiro, remador e ambiente. Até agora pudemos entender com as
denominações “capitão”, “piloto”, “timoneiro” e “remador” as definições das
funções que cabe à cibernética de um modo generalizado, ao passo que podemos
atribuir às disciplinas matemáticas e às ciências naturais uma definição das
funções da cibernética como termo geral para “piloto” e “timoneiro”.
A função de timoneiro é uma função de
coordenação no sentido mais amplo: ele coordena à ordem do piloto um novo
reajuste do timão.
“Tal ordem é, porém, uma mensagem
ou mais exatamente, um sinal com função pragmática. Pode-se dizer portanto: a
função de timoneiro (função de coordenação) consiste no fato de que, recebida
uma mensagem, segue-se uma claramente determinada (re)ação sobre o mundo
exterior” (Ibdem, p.26).
Em relação à função do piloto:
“O
piloto não realiza trabalho físico (como o remador), nem se encarrega diretamente
da transformação de energia (como o timoneiro). Ele transforma antes a mensagem
dada pelo capitão a respeito do alvo estipulado, o chamado valor-desejado,
juntamente com as mensagens resultantes da observação do mundo exterior, o
chamado valor-real, num programa que tem por sua vez também caráter de sinal.”
(Ibdem).
Chegamos, com isto a um conceito de
cibernética bastante amplo, que abrange tudo o que é dado como pertencente à
cibernética por qualquer das atuais correntes, e depois por outro lado
subdividimos a cibernética a partir de dois pontos de vista diferentes em
disciplinas isoladas, concretizando-a.
PARTE
II – A CULTURA DIGITAL
Lucia Santaella (2004), em seu livro “Culturas e Artes do pós-humano: da cultura
das mídias à cibercultura”, considera o terreno sócio-cultural “fertilizado
gradativamente” por processos de produção, distribuição e consumo
comunicacionais, processos estes que ela define como “culturas das mídias”.
Para compreender estes processos, divide o que ela chama de “eras culturais” em
seis tipos de formações: “Cultura oral”,
“cultura escrita”, “cultura impressa”, “cultura de massas”, “cultura
das mídias”, e a “cultura digital”
(SANTAELLA: 2004 p.13).
Sendo assim, Santaella considera que
embora os meios de comunicação não passem de meros canais para a transmissão de
informações, são capazes de moldar o pensamento e a sensibilidade dos seres
humanos, bem como propiciar o surgimento de novos ambientes sócio-culturais,
através dos tipos de signos que por eles circulam, os tipos de mensagens que
engendram e os tipos de comunicação que possibilitam. As passagens entre as
“eras culturais” não se dão apenas de modo sucessivo, mas em um complexo
processo de cumulação e incorporação.
A fim de privilegiar apenas os objetivos
deste trabalho, veremos algumas principais características presentes na
“cultura das mídias” e na “cultura digital”, apresentadas por Santaella.
Lúcia Santaella considera a “cultura das
mídias” uma cultura do “disponível e do transitório” (Ibdem, p. 15), emergente
a partir da década de 80. Propiciam a escolha e consumo individualizados, em
oposição ao consumo massivo, nos arrancando da inércia da recepção de mensagens
impostas de fora e nos treinando para a busca da informação e do entretenimento
que desejamos encontrar.
Já a “cultura digital” é considerada por
Santaella como a “cultura do acesso”, pois a informação, diferentemente dos
bens duráveis, não está necessariamente relacionada à “posse”, e sim na
“replicabilidade”, ou seja, quando eu dou uma informação a alguém, esta pessoa
possuirá a informação, porém eu não deixarei de tê-la também, diferentemente de
quando eu forneço um serviço ou bem durável. Dessa forma, não se trata de
questão de posse da informação, e sim de acesso.
Em termos conclusivos, Santaella diz
sobre a cultura das mídias e a cultura digital:
“Enfim, cultura de massas, cultura
de mídias e cultura digital, embora convivam hoje em um intenso caldeirão de
misturas, apresentam cada uma delas caracteres que lhes são próprios e que
precisam ser distinguidos, sob pena de nos perdermos em um labirinto de
confusões. Uma diferença gritante entre a cultura das mídias e a cultura
digital, por exemplo, está no fato muito evidente de que, nesta última, está
ocorrendo a convergência das mídias, um fenômeno muito distinto da convivência
das mídias típica da cultura das mídias. É a convergência das mídias, na
coexistência com a cultura de massas e a cultura das mídias, estas últimas
ainda em plena atividade, que tem sido responsável pelo nível de exacerbação
que a produção e a circulação da informação atingiu nos nossas dias e que é uma
das marcas registradas da cultura digital.” ( SANTAELLA:
2004, p.17).
A autora, citando Lunenfeld, diz que o
computador “colonizou” a produção cultural, e citando ainda Rosnay, salienta
que o que revolucionou a utilização do computador – de mera máquina de calcular
que foi forçada a virar máquina de escrever em poucas décadas a uma máquina que
cria, distribui e recebe uma vasta variedade de outras mídias – foi a
informação distribuída em rede e o hipertexto (Ibdem, p. 20).
O impacto do computador sobre a cultura
e a economia, diz Santaella embasando-se nas pesquisas de Heim, tem dividido os
críticos em três tipos de reação:
-
OS REALISTAS INGÊNUOS: Para eles, os sistemas não pertencem à realidade, mas
são uma supressão da realidade;
- OS IDEALISTAS INGÊNUOS: Embora falem a
partir de vários medos ou preocupações, consideram o mundo das redes o melhor
dos mundos e apontam para os ganhos evolutivos da espécie.
- OS CÉTICOS: Insistem em que o
ciberespaço está atravessando um processo de nascimento muito confuso. Trata-se
de um ceticismo que resulta em uma atitude de “deixar acontecer para ver como é
que fica”. (Op. Cit. p. 22-24).
Concluímos este tópico mencionando a
citação que Santaella faz da proposta de Heim, em estabelecer uma posição de
dialética de um realismo virtual como posição mediadora entre o realismo
ingênuo e o idealismo das redes, para podermos enfrentar os desafios do
presente (Ibdem).
PARTE
III – O CONCEITO DE CIBERESPAÇO, VIRTUALIDADE E MULTIMÍDIA.
Neste tópico, abordaremos de forma sucinta
as considerações e definições que Pierre Lévy (2001) traz em seu livro
“Cibercultura”, que consideramos importantes de serem mencionadas neste
trabalho.
1. O
QUE É O CIBERESPAÇO:
Segundo Pierre Levy, a palavra
“ciberespaço foi inventada em 1984 por William Gibson em seu romance de ficção
científica “Neuromante”. Segundo o autor, o ciberespaço de Gibson torna
sensível a geografia móvel da informação, normalmente invisível. (LEVY: 2001 p.92).
Citamos a definição de Levy sobre o
ciberespaço:
“Eu
defino o ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela interconexão
mundial dos computadores e das memórias dos computadores. Essa definição inclui
o conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos
de redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem
informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à digitalização” (Ibdem).
2. O
QUE É VIRTUAL:
Na
acepção filosófica, é virtual aquilo que existe apenas em potência e não em
ato, o campo de forças e de problemas que tende a resolver-se em uma
atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a
árvore está virtualmente presente no grão). Assim, no sentido filosófico o
virtual é uma dimensão muito importante da realidade.
Pierre
Lévy cita uma lista com diferentes sentidos do termo “virtual”:
-
Virtual
no sentido comum: Falso, ilusório, irreal, imaginário, possível.
-
Virtual
no sentido filosófico: Existe em potência, e não em ato, existe sem
estar presente.
-Mundo
virtual no sentido da possibilidade de cálculo computacional: Universo
de possíveis calculáveis a partir de um modelo digital e de entradas fornecidas
por um usuário.
-
Mundo
virtual no sentido do dispositivo informacional: A mensagem é um espaço
de interação por proximidade dentro do qual o explorador pode controlar
diretamente um representante de si mesmo.
-
Mundo
virtual no sentido tecnológico estrito: Ilusão de interação
sensório-motora com um modelo computacional. (Ibdem, p.74).
A
cibercultura encontra-se ligada ao virtual de duas formas: Direta e indireta.
DIRETA:
Inacessível ao ser humano imediatamente;
INDIRETA:
Está alocado em um espaço físico (i.e. Hardware).
“O
virtual não substitui o real, ele multiplica as oportunidades para atualizá-lo”
– Pierre Lévy.
3. “MULTIMÍDIA” OU “UNIMÍDIA”?
Para Lévy, o termo
multimídia significa, em princípio, aquilo que emprega diversos suportes ou
diversos veículos de comunicação, sendo corretamente empregado quando, por
exemplo, o lançamento de um filme dá lugar, simultaneamente, ao lançamento de
um vídeo game, exibição de uma série
de televisão, camisetas, brinquedos, etc. . Neste caso, estamos de fato frente
a uma “estratégia” “multimídia”. Mas se desejamos designar de maneira clara a
confluência de mídias separadas em direção à mesma rede digital integrada,
deveríamos – segundo Lévy- usar de preferência a palavra “unimídia”. O termo multimídia pode induzir ao erro, já que parece
indicar uma variedade de suportes ou canais, ao passo que a tendência de fundo
vai, ao contrário, rumo à interconexão e à integração. (Ibdem, p.63-35).
PARTE
IV - CONCLUSÃO
A cibercultura
propicia-nos uma concepção paradoxal dos relacionamentos sociais. Ao mesmo
tempo em que diminui os espaços entre pessoas, estabelece outros, ao mesmo
tempo em que estabelece o acesso ao diferente, o próprio “acesso” a este
diferente é único e particular em seus muitos meios. Na medida em que o acesso
“virtualmente mediatizado” coloca-nos em contato com um Universo inteiro em
apenas um clique no mouse (sim, posso
ter acesso ao Universo com o “Google Earth”), nesta cultura onde o espaço
físico não se impõe mais como limite, cada vez mais aumenta o universo
subjetivo e abstrato nos indivíduos que, com o apelo massivo do consumismo
capitalista tornam-se depressivos e neuróticos com mais freqüência.
Será esse um preço a
pagar pelo desenvolvimento tecnológico? A aproximação física em detrimento da
proximidade humana? Ou a potencial incerteza desdobrada em perguntas cada vez
mais difíceis de se responder, na medida em que respostas vão surgindo com a
tecnologia? Como pudemos ver nas análises de Santaella, há quem aposte no
“Armagedon”, e quem aposte da “Nova ‘ciber’-Canaã”.
Há também quem não aposte.
Certamente, o filósofo
não pode deixar as questões de seu tempo “ao ver no que vai dar para ver como é
que fica”, e, podemos adiantar que assumir uma posição apocalíptica ou
soteriológica da cibercultura, pode culminar no que Heim classificou como
posição “ingênua”, ou no que podemos inferir como saudosismo proselitista.
Seria de fato ingênuo
de nossa parte apostar em uma “ciber-cura”, posição esta onde transferimos toda
nossa necessidade de “ordem”, “coerência” e “significado” em uma tecnologia
emergente, como se olhássemos para a cibercultura enquanto um Tótem, à espera de que os avanços
tecnológicos nos digam quem somos, e determinem o que devemos ser. Já
aprendemos, no desenrolar da História, a não apostar todas as fichas em um
único jogo.
Porém, ficarmos na
defensiva do que o novo pode nos proporcionar é de longe a pior posição a se
assumir. Com a transcendência cibernética do espaço propiciado pela
cibercultura, o acesso à informação proporciona um verdadeiro Boom do saber, onde as concepções se tornam
naquilo que Zigmunt Bawman pertinentemente denominou de “líquida”. Frente a
essa liquidez, somos tomados por uma sensação de aceleração dos tempos,
parece-nos que o tempo “passa cada vez mais rápido”, o que inevitavelmente nos
impele a um saudosismo, concebendo sempre a “nossa época a melhor”, “o nosso
jeito de fazer as coisas o melhor”, e consequentemente o “jeito certo”.
Assim, resta-nos
subsumir esta (ciber)realidade que se
nos apresenta, com otimismo “exorcista”, que nos liberta de certos fantasmas,
porém, sem nos deixar de manter reservas ... Será o paradoxo inerente à cultura
das mídias um preço a se pagar pelo avanço tecnológico? Será uma libertação de
nossa condição humana ou afirmação? Como cita Pierre Lévy, apenas “atualização
do que somos em potência”. Do ato à potencia – permitamo-nos prosseguir (com)
nossa (ciber)humanidade ...
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Aurélio B. de
Holanda. Miniaurélio o dicionário da língua portuguesa. Ed. Positivo,
novembro de 2008.
FRANK, Helmar G. Cibernética
e Filosofia. Ed. Tempo brasileiro. Rio de janeiro: 1970.
LÉVY, Pierre. Cibercultura.
Ed. 34. São Paulo: 2001. 1ª reimpressão.
SANTAELLA, Lucia. Culturas
e artes do pós-humano. Da cultura das mídias à cibercultura. Ed.
Paulus. São Paulo: 2003. 2ª edição, 2004.
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